sexta-feira, 1 de abril de 2016

COMEMORAR

                     Como a vida não é só tomar conta da Matilde e porque tudo tinha corrido e está a correr bem, resolvemos comemorar. Deixamos a Matilde em casa dos Avós e fomos  jantar tapas em noite de  fados, no dia 24 de Abril. Foi muito agradável. Serviu para desanuviar do stress que têm sido estes primeiros dias a cuidar da menina.






MUITA COISA PARA FAZER



   Devido ao facto da Matilde ser um ser passivo, em termos de interacção, ainda só tem 1 mês, não temos muito mais que fazer do que passar o dia a olhar para a cara dela (e rezar que  não comece a berrar). Isto causa uma espécie de Síndrome de Estocolmo, aquele fenómeno em que nos sentimos atraídos pelo nosso raptor.  A verdade é que estamos constantemente a olhar para todos os pormenores da cara, até ao ponto que passamos a considerá-la uma rara maravilha da humanidade que, passamos a fotografar e partilhar fotografias com todas as pessoas com que nos cruzamos. Eu próprio luto muitas vezes contra essa compulsão. É como se o entusiasmo que alguém sente por ter conseguido criar um ser humano tivesse de ser reconhecido pelas outras pessoas.  As outras pessoas que não vão ver mais do que um bebé como outros, um serzito de cabeça grande e feições iguais a todos os outros. Mas há quem consiga tirar feições e aqui a coisa abona a meu favor. É a cara chapada do pai, dizem elas, as pessoas. A verdade é que ter filhos é cansativo. Há sempre coisas para fazer, para arrumar, para limpar. E quando acabam as coisas para fazer, há mais coisas para fazer.
             

NA URGÊNCIA


                 Ontem resolvi preocupar os meus pais. De tal forma que me levaram para as urgências. Tinha muitas dores de barriguinha e chorei todo o dia. Compreendo que os tenha assustado. Fomos para o Hospital às 21.30, mas no caminho eu dava tantos gritos, que os meus pais pararam o carro numa bomba de gasolina para me dar leitinho, pensando que poderia ser fome, pois a hora da papinha estava a chegar.   Mas não! Não era fome, eram mesmo muitas peidufas encravaditas na barriga. Chegados ao Hospital não tinha ninguém para a urgência pediátrica. Não houve demora no atendimento, mas quando entrei, fechei a boca e não dei nem mais um gritito, não fossem as médicas pensar em me dar alguma pica. Falaram comigo, acharam que eu estava muito bem, aconselharam a minha mãe quando tivesse mais um ataque de peidufas encravaditas, pesaram-me. Já tenho 4.340kg estou uma grande menina. Voltei para casa, tomei um banho muito quentinho, bebi o meu leitinho e dormi até às 7h da matina. Foi muito bom para mim e para os papás, que também estavam cansados.



Deram-me uma fitinha verde